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sábado, 21 de dezembro de 2013

Qual a relação dos mórmons com a maçonaria?


                Os membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos dias são apelidados de mórmons pelos que não são membros da Igreja, por reconhecerem que o Livro de Mórmon é a palavra de Deus.
                A maçonaria é uma associação não religiosa. Alguns mal informados intitulam a maçonaria e também a Igreja de Jesus Cristo como seitas. A palavra seita tem origem latina (secta) que significa “seguidor”. Neste sentido etimológico tanto a Igreja como a maçonaria são seitas. Entretanto, o significado popular para seita indica uma organização de rituais profanos e até diabólicos – opostos a pureza e retidão. Neste sentido nem os mórmons nem os maçons devem ser considerados como parte de uma seita.
                Um terceiro significado de seita pode-se, em maior ou menor grau, ser aplicado tanto aos mórmons como aos maçons: seita é toda organização que conta com rituais secretos. Neste sentido os membros da Igreja admitem possuir cerimônias que não compartilham com todos – por serem sagradas e exigirem preparação; e os maçons esclarecem que possuem informações e ritos que não disponibilizam a qualquer um a não ser com os de sua ordem, que cumprem certas exigências.
                Não há distúrbio doutrinário, filosófico, político ou legal sobre guardar segredo de crenças pessoais. Na era da informação estamos acostumados a buscar e obter rapidamente informações de todos os tipos. E quando algo, relativamente mais complexo e aprofundado, parece nos ser negado, a reação é frustração e revolta. Além disso, o conhecimento obtido na atualidade por meio da internet e outros canais de comunicação em massa é um conhecimento superficial, que apesar de satisfazer, raramente induz a reflexão e certamente não é apreciado na intensidade devida.
                Alguns assuntos ainda não estão disponíveis, e nem devem estar a todo curioso que, despreparado, não entenderia ou valorizaria alguns conhecimentos sagrados que foram revelados do alto, ou informações sigilosas que foram preservadas por séculos.
                Aqueles que contam tudo que sabem, sabem muito pouco sobre as coisas mais importantes. Aprender a guardar segredo e revelar esse segredo no momento adequado é uma parte importante da disciplina cristã e um dos requisitos maçônicos.

                Darei agora explicações básicas sobre os mórmons e a maçonaria antes de se estudar a relação existente entre eles.
                A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias convida todas as pessoas a conhecer as verdades reveladas dos céus. Todos podem visitar a Igreja e serão muito bem-vindos, pois os membros adoram visitantes. O intenso trabalho de proselitismo – que conta com mais de 50 mil missionários – indica que um dos objetivos da Igreja é levar sua pregação a todos. De fato, a Igreja cumpre o encargo dado pelo Salvador: “Ide por todo mundo, pregai o evangelho a toda criatura”.
                Há muitas peculiaridades na Igreja. Uma delas são os Templos. Os Templos são lugares de adoração especiais. Tal como o tabernáculo e o Templo de Salomão, os Templos santos dos últimos dias são lugares muito sagrados e belos.
                Na época de Moisés algumas ordenanças especiais eram realizadas no tabernáculo. Não podendo ser realizadas em outro local. O mesmo se deu no Templo de Salomão e Herodes. O Templo não era, e hoje não é um lugar de reunião comum, para o ensino e adoração, como o eram as sinagogas, embora no Templo haja ensino e adoração intensa, tornando-o um lugar de reunião especial. O Templo é um lugar ímpar, que, antigamente e hoje, nem todos tinham e tem acesso. Uma vez por ano, um sumo sacerdote era sorteado para entrar num lugar especial do Templo. Um Templo publico é um templo profano.
                Por revelação, o Senhor ordenou que seus Templos deviam ser lugares puros e santos. Por isso antes de entrar num Templo deve-se devidamente se preparar. A preparação inclui a fé, o arrependimento, o batismo, o recebimento do dom do Espírito Santo e uma ou mais entrevistas com os líderes da Igreja. Geralmente são admitidos pessoas que se prepararam por um ano ou mais.
                Os não-membros da Igreja são sempre convidados a visitação publica do Templo, antes do lugar ser dedicado a Deus. Na visitação as salas são apresentadas aos visitantes liberalmente. Depois da dedicação ninguém que não se preparou pode adentrar o Templo, por ser um lugar muito sagrado.
                As ordenanças realizadas no Templo são também muito sagradas, por isso não devem ser reveladas fora daquele lugar. Os membros que entram no Templo fazem convênio de não divulgar as coisas especiais que aprendem.
                As ordenanças do Templo incluem lavagens, unções, orações, ensinamentos por vídeo e som, apresentação de símbolos, representações, e batismos pelos mortos. Há o casamento para toda eternidade, realizado por alguém que possua autoridade e o selamento de pais e filhos – para serem unidos para sempre, mesmo após a morte. Há vários materiais que a Igreja publicou a respeito dos Templos que explicam mais detalhadamente sobre esses lugares divinos, que são diferentes das capelas, onde qualquer pessoa pode entrar.
                Algo importante sobre os Templos é o conteúdo simbólico que possui. As cerimônias, os desenhos, as roupas e as luzes são importantes símbolos no Templo.

                Os maçons se reúnem em lugares chamados “lojas”. São lugares de reunião da ordem, onde só são admitidos os próprios integrantes. Os maçons possuem muitos símbolos nem sua loja. A disposição das cadeiras, o altar, os três degraus, a rocha bruta e a rocha polida, o compasso, o esquadro e o grande “G”, são alguns símbolos bem documentados. Além disso, os maçons possuem sinais com as mãos que indicam o grau que pertencem.
                Para ser admitido na maçonaria não basta desejo próprio, é preciso ser convidado. Há então um ritual de iniciação, onde há uma representação sobre os quatro elementos (terra, agua, fogo e ar) - onde o "profano" aprende a reconhecer o caminho da "Luz"
                A maçonaria tem um caráter religioso, pois só admite pessoas que acreditam em Deus. Mas não discute religião, nem política – “as duas coisas que dividem os homens”, afirmou um maçon. Assim, não é incomum achar maçons das mais diversas religiões. Com exceção à Igreja Católica, que proíbe seus membros de fazerem parte da ordem – dês da Idade Média (embora a Igreja Católica tenha uma determinação expedita por um papa condenando a participação na Maçonaria, tal decreto é amplamente ignorado e grande parte do quadro de maçons do mundo são católicos). A maçonaria é mal interpretada por muitos eruditos de várias religiões exatamente por ter um caráter sigiloso, sendo acusada de bruxaria e satanismo.
                A origem dos maçons é controversa. Alguns defendem que a origem foi no antigo Egito, outros dizem que foi nos tempos de Salomão, e outros ainda que surgiu nos dias do iluminismo.
                Hoje existem mais de cinco milhões de maçons. Só são admitidos homens, mas há correntes de maçons que aceitam mulheres, embora essas lojas não sejam reconhecidas pela maçonaria tradicional. A sede maçônica é chamada de Grande Oriente, sendo a grande loja principal.
                Os maçons tradicionais envolvem-se em grandes causas de ajuda humanitária, bem como ajudam-se mutuamente. São bons cidadãos, cumpridores da lei, estudiosos e solícitos em socorrer.

                O breve esboço acima é suficiente para prosseguir e analisar a relação da Igreja com os maçons.

A Igreja é ligada a maçonaria?
                A Igreja, como organização, é independente e não é associada a outras instituições, clubes, organizações, partidos, etc. A igreja não tem rituais maçônicos. E não há incentivo ou impedimento em relação à maçonaria.

Um mórmon pode ser maçom?
                Se ele quiser sim. Assim como um evangélico, budista ou qualquer outro poderá sê-lo se aprovado pelos maçons (os católicos proíbem-se). Também se um membro da igreja quiser fazer parte de alguma organização de ajuda comunitária ou clube para realização profissional, social ou acadêmica poderá fazê-lo, dês de que tal comunidade não esteja em oposição aos princípios da Igreja. Não há incentivo ou proibição com relação aos maçons, dês de que não contrariem os princípios do Senhor. Evidentemente a Igreja e o lar ocupam tanto tempo e necessitam de tanta dedicação que às vezes é difícil conciliar maçonaria e religião. A escolha sábia é deixar a maçonaria - pois é o evangelho que leva a vida e a salvação.

Joseph Smith foi maçom?
                Sim! Assim como vários líderes da Igreja no século XIX. O livro "História da Igreja na Plenitude dos Tempos" explica: "Desde outubro de 1841, alguns maçons que eram membros da Igreja haviam recebido permissão de iniciar uma loja em Nauvoo. Joseph Smith considerou haver vantagens em pertencer a essa ordem. Provavelmente imaginou que outros maçons do estado e do país, muitos dos quais ocupavam cargos importantes, teriam mais consideração para com a Igreja. Joseph Smith e muitos moradores de Nauvoo foram formalmente iniciados na ordem, em março de 1842." (página 264). Foi construída uma loja maçônica em Nauvoo, e muitos membros foram iniciados na ordem. Entretanto, especialmente por causa do apóstata John C. Bennett, os maçons começaram a nutrir sentimentos "anti-mormons". Quando a Igreja partiu para o oeste - as relações entre a maçonaria se tornaram mais distantes.

Parte da Investidura contém rituais maçônicos?
                Não. Não é a investidura que provém da maçonaria, mas a maçonaria que provém da investidura. Assim como outros grupos, religiões e culturas - os maçons possuem parte da verdade. Hugh Nibley disse: "Teria Joseph Smith reinventado o templo, reunindo novamente todos os fragmentos — judeus, ortodoxos, MAÇONS, gnósticos, hindus, egípcios, etc.? Não, não foi assim que aconteceu. Pouquíssimos fragmentos estavam disponíveis em sua época, e o trabalho de reuni-los, como vimos, só começou na segunda metade do século XIX. Mesmo que estivessem disponíveis, aqueles míseros fragmentos não poderiam ser reunidos para formar um todo. Até hoje, os estudiosos que os coletam não sabem o que fazer com eles. Não é o templo que deriva deles, mas sim, o contrário. (...) O fato de que algo de tamanha plenitude, coerência, engenhosidade e perfeição tenha sido trazido à luz num único local e momento — da noite para o dia, por assim dizer — é uma prova muito adequada de uma dispensação especial.” 
(“What Is a Temple”, The Collected Works of Hugh Nibley: Volume 4 — Mormonism and Early Christianity, ed. Todd M. Compton e Stephen D. Ricks, 1987, pp. 366–367, 383.)
                Além disso, há uma grande diferença entre as ordenanças do Templo de os rituais da maçonaria. No templo, mulheres e homens participam em igualdade - a maçonaria é só para homens. No templo o ensinamento é sobre o Plano de Salvação, na maçonaria, sobre preceitos corretos mas de ordem terrena. No Templo falamos de Cristo, na maçonaria não. No templo temos o sacerdócio, na maçonaria não.

FONTE: http://lucasmormon.blogspot.com.br/2012/11/qual-relacao-dos-mormons-com-maconaria.html





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