
A maçonaria é uma associação não
religiosa. Alguns mal informados intitulam a maçonaria e também a Igreja de
Jesus Cristo como seitas. A palavra seita tem origem latina (secta) que
significa “seguidor”. Neste sentido etimológico tanto a Igreja como a maçonaria
são seitas. Entretanto, o significado popular para seita indica uma organização
de rituais profanos e até diabólicos – opostos a pureza e retidão. Neste
sentido nem os mórmons nem os maçons devem ser considerados como parte de uma
seita.
Um terceiro significado de seita
pode-se, em maior ou menor grau, ser aplicado tanto aos mórmons como aos
maçons: seita é toda organização que conta com rituais secretos. Neste sentido
os membros da Igreja admitem possuir cerimônias que não compartilham com todos
– por serem sagradas e exigirem preparação; e os maçons esclarecem que possuem
informações e ritos que não disponibilizam a qualquer um a não ser com os de
sua ordem, que cumprem certas exigências.
Não há distúrbio doutrinário,
filosófico, político ou legal sobre guardar segredo de crenças pessoais. Na era
da informação estamos acostumados a buscar e obter rapidamente informações de
todos os tipos. E quando algo, relativamente mais complexo e aprofundado,
parece nos ser negado, a reação é frustração e revolta. Além disso, o
conhecimento obtido na atualidade por meio da internet e outros canais de
comunicação em massa é um conhecimento superficial, que apesar de satisfazer,
raramente induz a reflexão e certamente não é apreciado na intensidade devida.
Alguns assuntos ainda não estão
disponíveis, e nem devem estar a todo curioso que, despreparado, não entenderia
ou valorizaria alguns conhecimentos sagrados que foram revelados do alto, ou
informações sigilosas que foram preservadas por séculos.
Aqueles que contam tudo que sabem,
sabem muito pouco sobre as coisas mais importantes. Aprender a guardar segredo
e revelar esse segredo no momento adequado é uma parte importante da disciplina
cristã e um dos requisitos maçônicos.
Darei agora explicações básicas sobre
os mórmons e a maçonaria antes de se estudar a relação existente entre eles.
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos
dos Últimos Dias convida todas as pessoas a conhecer as verdades reveladas dos
céus. Todos podem visitar a Igreja e serão muito bem-vindos, pois os membros
adoram visitantes. O intenso trabalho de proselitismo – que conta com mais de
50 mil missionários – indica que um dos objetivos da Igreja é levar sua
pregação a todos. De fato, a Igreja cumpre o encargo dado pelo Salvador: “Ide
por todo mundo, pregai o evangelho a toda criatura”.
Há muitas peculiaridades na Igreja.
Uma delas são os Templos. Os Templos são lugares de adoração especiais. Tal
como o tabernáculo e o Templo de Salomão, os Templos santos dos últimos dias
são lugares muito sagrados e belos.
Na época de Moisés algumas ordenanças
especiais eram realizadas no tabernáculo. Não podendo ser realizadas em outro
local. O mesmo se deu no Templo de Salomão e Herodes. O Templo não era, e hoje
não é um lugar de reunião comum, para o ensino e adoração, como o eram as
sinagogas, embora no Templo haja ensino e adoração intensa, tornando-o um lugar
de reunião especial. O Templo é um lugar ímpar, que, antigamente e hoje, nem
todos tinham e tem acesso. Uma vez por ano, um sumo sacerdote era sorteado para
entrar num lugar especial do Templo. Um Templo publico é um templo profano.
Por revelação, o Senhor ordenou que
seus Templos deviam ser lugares puros e santos. Por isso antes de entrar num
Templo deve-se devidamente se preparar. A preparação inclui a fé, o
arrependimento, o batismo, o recebimento do dom do Espírito Santo e uma ou mais
entrevistas com os líderes da Igreja. Geralmente são admitidos pessoas que se
prepararam por um ano ou mais.
Os não-membros da Igreja são sempre
convidados a visitação publica do Templo, antes do lugar ser dedicado a Deus.
Na visitação as salas são apresentadas aos visitantes liberalmente. Depois da
dedicação ninguém que não se preparou pode adentrar o Templo, por ser um lugar
muito sagrado.
As ordenanças realizadas no Templo são
também muito sagradas, por isso não devem ser reveladas fora daquele lugar. Os
membros que entram no Templo fazem convênio de não divulgar as coisas especiais
que aprendem.
As ordenanças do Templo incluem
lavagens, unções, orações, ensinamentos por vídeo e som, apresentação de
símbolos, representações, e batismos pelos mortos. Há o casamento para toda
eternidade, realizado por alguém que possua autoridade e o selamento de pais e
filhos – para serem unidos para sempre, mesmo após a morte. Há vários materiais
que a Igreja publicou a respeito dos Templos que explicam mais detalhadamente
sobre esses lugares divinos, que são diferentes das capelas, onde qualquer
pessoa pode entrar.
Algo importante sobre os Templos é o
conteúdo simbólico que possui. As cerimônias, os desenhos, as roupas e as luzes
são importantes símbolos no Templo.
Os maçons se reúnem em lugares
chamados “lojas”. São lugares de reunião da ordem, onde só são admitidos os
próprios integrantes. Os maçons possuem muitos símbolos nem sua loja. A
disposição das cadeiras, o altar, os três degraus, a rocha bruta e a rocha
polida, o compasso, o esquadro e o grande “G”, são alguns símbolos bem
documentados. Além disso, os maçons possuem sinais com as mãos que indicam o
grau que pertencem.
Para ser admitido na maçonaria não
basta desejo próprio, é preciso ser convidado. Há então um ritual de iniciação,
onde há uma representação sobre os quatro elementos (terra, agua, fogo e ar) -
onde o "profano" aprende a reconhecer o caminho da "Luz"
A maçonaria tem um caráter religioso,
pois só admite pessoas que acreditam em Deus. Mas não discute religião, nem
política – “as duas coisas que dividem os homens”, afirmou um maçon. Assim, não
é incomum achar maçons das mais diversas religiões. Com exceção à Igreja
Católica, que proíbe seus membros de fazerem parte da ordem – dês da Idade
Média (embora a Igreja Católica tenha uma determinação expedita por um papa
condenando a participação na Maçonaria, tal decreto é amplamente ignorado e
grande parte do quadro de maçons do mundo são católicos). A maçonaria é mal
interpretada por muitos eruditos de várias religiões exatamente por ter um
caráter sigiloso, sendo acusada de bruxaria e satanismo.
A origem dos maçons é controversa.
Alguns defendem que a origem foi no antigo Egito, outros dizem que foi nos
tempos de Salomão, e outros ainda que surgiu nos dias do iluminismo.
Hoje existem mais de cinco milhões de
maçons. Só são admitidos homens, mas há correntes de maçons que aceitam
mulheres, embora essas lojas não sejam reconhecidas pela maçonaria tradicional.
A sede maçônica é chamada de Grande Oriente, sendo a grande loja principal.
Os maçons tradicionais envolvem-se em
grandes causas de ajuda humanitária, bem como ajudam-se mutuamente. São bons
cidadãos, cumpridores da lei, estudiosos e solícitos em socorrer.
O breve esboço acima é suficiente para prosseguir e analisar a relação da
Igreja com os maçons.
A Igreja é
ligada a maçonaria?
A Igreja, como organização, é independente e não é associada a outras instituições, clubes, organizações, partidos, etc. A igreja não tem rituais maçônicos. E não há incentivo ou impedimento em relação à maçonaria.
Um mórmon pode ser maçom?
Se ele quiser sim. Assim como um evangélico, budista ou qualquer outro poderá sê-lo se aprovado pelos maçons (os católicos proíbem-se). Também se um membro da igreja quiser fazer parte de alguma organização de ajuda comunitária ou clube para realização profissional, social ou acadêmica poderá fazê-lo, dês de que tal comunidade não esteja em oposição aos princípios da Igreja. Não há incentivo ou proibição com relação aos maçons, dês de que não contrariem os princípios do Senhor. Evidentemente a Igreja e o lar ocupam tanto tempo e necessitam de tanta dedicação que às vezes é difícil conciliar maçonaria e religião. A escolha sábia é deixar a maçonaria - pois é o evangelho que leva a vida e a salvação.
Joseph Smith foi maçom?
Sim! Assim como vários líderes da Igreja no século XIX. O livro "História da Igreja na Plenitude dos Tempos" explica: "Desde outubro de 1841, alguns maçons que eram membros da Igreja haviam recebido permissão de iniciar uma loja em Nauvoo. Joseph Smith considerou haver vantagens em pertencer a essa ordem. Provavelmente imaginou que outros maçons do estado e do país, muitos dos quais ocupavam cargos importantes, teriam mais consideração para com a Igreja. Joseph Smith e muitos moradores de Nauvoo foram formalmente iniciados na ordem, em março de 1842." (página 264). Foi construída uma loja maçônica em Nauvoo, e muitos membros foram iniciados na ordem. Entretanto, especialmente por causa do apóstata John C. Bennett, os maçons começaram a nutrir sentimentos "anti-mormons". Quando a Igreja partiu para o oeste - as relações entre a maçonaria se tornaram mais distantes.
Parte da Investidura contém rituais maçônicos?
Não. Não é a investidura que provém da maçonaria, mas a maçonaria que provém da investidura. Assim como outros grupos, religiões e culturas - os maçons possuem parte da verdade. Hugh Nibley disse: "Teria Joseph Smith reinventado o templo, reunindo novamente todos os fragmentos — judeus, ortodoxos, MAÇONS, gnósticos, hindus, egípcios, etc.? Não, não foi assim que aconteceu. Pouquíssimos fragmentos estavam disponíveis em sua época, e o trabalho de reuni-los, como vimos, só começou na segunda metade do século XIX. Mesmo que estivessem disponíveis, aqueles míseros fragmentos não poderiam ser reunidos para formar um todo. Até hoje, os estudiosos que os coletam não sabem o que fazer com eles. Não é o templo que deriva deles, mas sim, o contrário. (...) O fato de que algo de tamanha plenitude, coerência, engenhosidade e perfeição tenha sido trazido à luz num único local e momento — da noite para o dia, por assim dizer — é uma prova muito adequada de uma dispensação especial.” (“What Is a Temple”, The Collected Works of Hugh Nibley: Volume 4 — Mormonism and Early Christianity, ed. Todd M. Compton e Stephen D. Ricks, 1987, pp. 366–367, 383.)
Além disso, há uma grande diferença entre as ordenanças do Templo de os rituais da maçonaria. No templo, mulheres e homens participam em igualdade - a maçonaria é só para homens. No templo o ensinamento é sobre o Plano de Salvação, na maçonaria, sobre preceitos corretos mas de ordem terrena. No Templo falamos de Cristo, na maçonaria não. No templo temos o sacerdócio, na maçonaria não.
A Igreja, como organização, é independente e não é associada a outras instituições, clubes, organizações, partidos, etc. A igreja não tem rituais maçônicos. E não há incentivo ou impedimento em relação à maçonaria.
Um mórmon pode ser maçom?
Se ele quiser sim. Assim como um evangélico, budista ou qualquer outro poderá sê-lo se aprovado pelos maçons (os católicos proíbem-se). Também se um membro da igreja quiser fazer parte de alguma organização de ajuda comunitária ou clube para realização profissional, social ou acadêmica poderá fazê-lo, dês de que tal comunidade não esteja em oposição aos princípios da Igreja. Não há incentivo ou proibição com relação aos maçons, dês de que não contrariem os princípios do Senhor. Evidentemente a Igreja e o lar ocupam tanto tempo e necessitam de tanta dedicação que às vezes é difícil conciliar maçonaria e religião. A escolha sábia é deixar a maçonaria - pois é o evangelho que leva a vida e a salvação.
Joseph Smith foi maçom?
Sim! Assim como vários líderes da Igreja no século XIX. O livro "História da Igreja na Plenitude dos Tempos" explica: "Desde outubro de 1841, alguns maçons que eram membros da Igreja haviam recebido permissão de iniciar uma loja em Nauvoo. Joseph Smith considerou haver vantagens em pertencer a essa ordem. Provavelmente imaginou que outros maçons do estado e do país, muitos dos quais ocupavam cargos importantes, teriam mais consideração para com a Igreja. Joseph Smith e muitos moradores de Nauvoo foram formalmente iniciados na ordem, em março de 1842." (página 264). Foi construída uma loja maçônica em Nauvoo, e muitos membros foram iniciados na ordem. Entretanto, especialmente por causa do apóstata John C. Bennett, os maçons começaram a nutrir sentimentos "anti-mormons". Quando a Igreja partiu para o oeste - as relações entre a maçonaria se tornaram mais distantes.
Parte da Investidura contém rituais maçônicos?
Não. Não é a investidura que provém da maçonaria, mas a maçonaria que provém da investidura. Assim como outros grupos, religiões e culturas - os maçons possuem parte da verdade. Hugh Nibley disse: "Teria Joseph Smith reinventado o templo, reunindo novamente todos os fragmentos — judeus, ortodoxos, MAÇONS, gnósticos, hindus, egípcios, etc.? Não, não foi assim que aconteceu. Pouquíssimos fragmentos estavam disponíveis em sua época, e o trabalho de reuni-los, como vimos, só começou na segunda metade do século XIX. Mesmo que estivessem disponíveis, aqueles míseros fragmentos não poderiam ser reunidos para formar um todo. Até hoje, os estudiosos que os coletam não sabem o que fazer com eles. Não é o templo que deriva deles, mas sim, o contrário. (...) O fato de que algo de tamanha plenitude, coerência, engenhosidade e perfeição tenha sido trazido à luz num único local e momento — da noite para o dia, por assim dizer — é uma prova muito adequada de uma dispensação especial.” (“What Is a Temple”, The Collected Works of Hugh Nibley: Volume 4 — Mormonism and Early Christianity, ed. Todd M. Compton e Stephen D. Ricks, 1987, pp. 366–367, 383.)
Além disso, há uma grande diferença entre as ordenanças do Templo de os rituais da maçonaria. No templo, mulheres e homens participam em igualdade - a maçonaria é só para homens. No templo o ensinamento é sobre o Plano de Salvação, na maçonaria, sobre preceitos corretos mas de ordem terrena. No Templo falamos de Cristo, na maçonaria não. No templo temos o sacerdócio, na maçonaria não.
FONTE: http://lucasmormon.blogspot.com.br/2012/11/qual-relacao-dos-mormons-com-maconaria.html
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