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domingo, 22 de dezembro de 2013

Teoria da Conspiração na visão do evangelho

Ouvi bastante a respeito de uma nova ordem global. Embora as hipóteses variem bastante entre si, essencialmente elas convergem no seguinte: um grupo de pessoas militarmente poderosas e politicamente influentes, secretamente conspiram para instituir, em determinando momento, uma nova ordem global no mundo. Muitos afirmam que esse ataque é em um futuro próximo, até iminente - e que trará consequências aterrorizantes.
Devido a dificuldade de se coletar provas concretas a respeito desse assunto, essa ideia recebeu o nome de "Teoria" da Conspiração. Como o assunto começou a preocupar alguns de meus amigos - que sinceramente começaram a crer nessas ideias, escrevi o que se segue.



Primeiro. Os ensinamentos do Senhor.
                A primeira ideia que me ocorreu foi a de procurar nos ensinamentos de Jesus Cristo e de seus profetas algo que apoiasse ou refutasse a Teoria da Conspiração. Lembrei-me, quase que imediatamente, do que o Salvador disse a seus discípulos: "Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é mister que venham escândalos, mas ai daquele homem por quem o escândalo vem!" (Mateus 18:7). E também da passagem de Isaías, que diz: "Não chameis conspiração, a tudo quanto este povo chama conspiração; e não participeis de seu temor nem tenhais medo." (Isaias 8:12, 2 Néfi 18:12).
                Muitas pessoas tentam alarmar o mundo - seja para chamarem atenção para si (em busca de honra, glória, fama ou dinheiro), seja para "ver o circo pegar fogo". Qualquer que seja o motivo, os escândalos nunca edificam, sempre causam polemicas, insegurança e  pecado. Os desvios, agitações e desordens muitas vezes são ferramentas de Satanás para alienar-nos da retidão. Esse é um dos motivos pelos quais precisamos identificar os causadores dessas confusões e nos afastar-nos deles e de suas ideias. "E rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles." (Romanos 16:17).
                Isso não significa deixar de aprender. Temos o conselho: "Examinai tudo. Retende o bem." (1 Tessalonicenses 5:21). Precisamos aprender tudo o que pudermos. Todavia, também somos admoestados a rejeitar "as questões loucas, e sem instrução, sabendo que produzem contendas" (2 Timóteo 2:33). É sábio concentrar-se no que edifica, em vez de ficar olhando a impureza do rio de águas sujas (1 Néfi 15:27).
Segundo. Não temer.
                O segundo pensamento que me ocorreu foi: e se for verdade? E se realmente pessoas estiverem se reunindo e procurando destruir o mundo que conhecemos? Então em minha mente a consoladora voz do Espírito veio, através das palavras da Revelação: "Portanto não temais, pequeno rebanho; fazei o bem; deixai que a Terra e o inferno se unam contra vós, pois se estiverdes estabelecidos sobre minha rocha, eles não poderão prevalecer" (D&C 6:34). Depois, estudando as escrituras li: "não os temais; porque nada há encoberto que não haja de ser descoberto, nem oculto que não haja de ser conhecido. (...) E não temais os que matam o corpo, e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo. Não se vendem dois passarinhos por um asse? e nenhum deles cairá em terra sem a vontade de vosso Pai. E até mesmo os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais, pois; mais valeis vós do que muitos passarinhos. (Mateus 10:26, 28-31).
                O Senhor tem todo poder, e controla todas as coisas, inclusive sujeita "o diabo e o escuro e tenebroso domínio de Seol" (D&C 121:4). Apesar Dele não ser responsável pelo mal, permite que seus filhos ajam livremente, e não impede que as terríveis consequências de uma escolha má sobrevenham ao mundo. Não obstante, há limites bem estipulados e ninguém pode ultrapassá-los (D&C 122:9). Devido a magnífica Expiação de Jesus Cristo não há tribulação que não possa se converter em nosso bem (D&C 122:7) e tentação que não possamos suportar (I Coríntios 10:13). Por essa razões, o fiel não precisa temer: "Portanto ele preservará os justos pelo seu poder, mesmo que venha a plenitude de sua ira e os justos tenham de ser preservados com a destruição dos seus inimigos pelo fogo. Os justos, portanto, não precisam temer, porque assim diz o profeta: Eles serão salvos, ainda que seja por fogo" (I Néfi 22:17).
Terceiro: Conhecer o Plano.
                O Plano de Salvação é o meio pelo qual o homem poderá voltar a viver com Deus. Na realidade, esse plano inclui nossa vida pré-terrena, a mortalidade e a vida após a morte. Conhecer esses três estágios ou estados do homem faz com que aumentemos nossa compreensão, recebamos forças e não sejamos enganados, sendo "levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente" (Efésios 4:14).
                O Plano centraliza-se em Jesus Cristo e em Seu sacrifício pelo mundo. A perspectiva do amor de Deus e a aceitação de convênios sagrados permite que o Espírito nos seja dado e possamos receber um conhecimento sagrado e oculto (2 Néfi 9:42-43)
                Foi o conhecimento do plano de Salvação e o dom do Espírito Santo que fizeram com que Néfi soubesse tão bem a respeito das iniquidades de seu povo (Helamã 8:8). E essas iniquidade incluíam planos e obras secretas (Helamã 8:3-4). Essas "combinações secretas" visam "destruir a liberdade de todas as terras, nações e países; e causa a destruição de todos os povos, pois é instituída pelo diabo" (Éter 8:25).
                Há combinações secretas hoje? Claro! Estão por toda a parte e servem aos propósitos de Satanás. Mas Deus esta no controle. Não faz parte de Seu Plano que as combinações secretas prosperem a tal ponto de destruir os santos dos últimos dias.
Quarto: Profetas e outras fontes de informação.
                Alguém que conhece o Plano e se esforça para guardar os mandamentos não será enganado. Sabemos que "certamente o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas" (Amós 3:7). O que significa também que o profeta nos advertirá do perigo. Nenhuma conspiração global ocorrerá sem que o profeta saiba antecipadamente, e para o beneficio de Sião, ele advertirá o povo - pois é o atalaia (Ezequiel 3:17-21).
                Pelo que sei a respeito da História da Igreja, das obras-padrão e dos ensinamentos modernos dos profetas, nenhuma conspiração radical e global foi anunciada. Mas de maneira sutil, calculista e perigosíssima Satanás intensificou sua guerra e o mal se espalha como nunca antes. Nesse sentido há sim uma conspiração - e não precisa ser chamada de teoria - pois é muito bem comprovada - é um fato: as trevas contra a luz.
                Lembrem-nos: "Crede no SENHOR vosso Deus, e estareis seguros; crede nos seus profetas, e prosperareis" (2 Crônicas 20:20). Essa é uma chave. Ai reside a segurança.
                Finalmente, alerto que devemos tomar cuidado com fontes de informações não autorizadas, ou duvidosas. O Espírito, se estivermos dignos pode nos "revelar a verdade de todas as coisas" (Morôni 10:5). Devemos confiar nesse Espírito, por que assim não seremos enganados, "pois aqueles que são prudentes e tiverem recebido a verdade e tomado o Santo Espírito por seu guia e não tiverem sido enganados - em verdade vos digo que não serão cortados e lançados no fogo, mas suportarão o dia" (D&C 45:57).
Conclusão.
                Continuemos a viver nossa religião. Estaremos seguros se estivermos guardando os mandamentos. Lembrem-nos que "nenhuma arma preparada contra [o povo do Senhor] prosperará" (3 Néfi 22:17). Prosseguimos, pois, e façamos o que devemos fazer, sem receio algum - porque Deus esta conosco até a "consumação dos séculos" (Mateus 28:20).

sábado, 21 de dezembro de 2013

Qual a relação dos mórmons com a maçonaria?


                Os membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos dias são apelidados de mórmons pelos que não são membros da Igreja, por reconhecerem que o Livro de Mórmon é a palavra de Deus.
                A maçonaria é uma associação não religiosa. Alguns mal informados intitulam a maçonaria e também a Igreja de Jesus Cristo como seitas. A palavra seita tem origem latina (secta) que significa “seguidor”. Neste sentido etimológico tanto a Igreja como a maçonaria são seitas. Entretanto, o significado popular para seita indica uma organização de rituais profanos e até diabólicos – opostos a pureza e retidão. Neste sentido nem os mórmons nem os maçons devem ser considerados como parte de uma seita.
                Um terceiro significado de seita pode-se, em maior ou menor grau, ser aplicado tanto aos mórmons como aos maçons: seita é toda organização que conta com rituais secretos. Neste sentido os membros da Igreja admitem possuir cerimônias que não compartilham com todos – por serem sagradas e exigirem preparação; e os maçons esclarecem que possuem informações e ritos que não disponibilizam a qualquer um a não ser com os de sua ordem, que cumprem certas exigências.
                Não há distúrbio doutrinário, filosófico, político ou legal sobre guardar segredo de crenças pessoais. Na era da informação estamos acostumados a buscar e obter rapidamente informações de todos os tipos. E quando algo, relativamente mais complexo e aprofundado, parece nos ser negado, a reação é frustração e revolta. Além disso, o conhecimento obtido na atualidade por meio da internet e outros canais de comunicação em massa é um conhecimento superficial, que apesar de satisfazer, raramente induz a reflexão e certamente não é apreciado na intensidade devida.
                Alguns assuntos ainda não estão disponíveis, e nem devem estar a todo curioso que, despreparado, não entenderia ou valorizaria alguns conhecimentos sagrados que foram revelados do alto, ou informações sigilosas que foram preservadas por séculos.
                Aqueles que contam tudo que sabem, sabem muito pouco sobre as coisas mais importantes. Aprender a guardar segredo e revelar esse segredo no momento adequado é uma parte importante da disciplina cristã e um dos requisitos maçônicos.

                Darei agora explicações básicas sobre os mórmons e a maçonaria antes de se estudar a relação existente entre eles.
                A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias convida todas as pessoas a conhecer as verdades reveladas dos céus. Todos podem visitar a Igreja e serão muito bem-vindos, pois os membros adoram visitantes. O intenso trabalho de proselitismo – que conta com mais de 50 mil missionários – indica que um dos objetivos da Igreja é levar sua pregação a todos. De fato, a Igreja cumpre o encargo dado pelo Salvador: “Ide por todo mundo, pregai o evangelho a toda criatura”.
                Há muitas peculiaridades na Igreja. Uma delas são os Templos. Os Templos são lugares de adoração especiais. Tal como o tabernáculo e o Templo de Salomão, os Templos santos dos últimos dias são lugares muito sagrados e belos.
                Na época de Moisés algumas ordenanças especiais eram realizadas no tabernáculo. Não podendo ser realizadas em outro local. O mesmo se deu no Templo de Salomão e Herodes. O Templo não era, e hoje não é um lugar de reunião comum, para o ensino e adoração, como o eram as sinagogas, embora no Templo haja ensino e adoração intensa, tornando-o um lugar de reunião especial. O Templo é um lugar ímpar, que, antigamente e hoje, nem todos tinham e tem acesso. Uma vez por ano, um sumo sacerdote era sorteado para entrar num lugar especial do Templo. Um Templo publico é um templo profano.
                Por revelação, o Senhor ordenou que seus Templos deviam ser lugares puros e santos. Por isso antes de entrar num Templo deve-se devidamente se preparar. A preparação inclui a fé, o arrependimento, o batismo, o recebimento do dom do Espírito Santo e uma ou mais entrevistas com os líderes da Igreja. Geralmente são admitidos pessoas que se prepararam por um ano ou mais.
                Os não-membros da Igreja são sempre convidados a visitação publica do Templo, antes do lugar ser dedicado a Deus. Na visitação as salas são apresentadas aos visitantes liberalmente. Depois da dedicação ninguém que não se preparou pode adentrar o Templo, por ser um lugar muito sagrado.
                As ordenanças realizadas no Templo são também muito sagradas, por isso não devem ser reveladas fora daquele lugar. Os membros que entram no Templo fazem convênio de não divulgar as coisas especiais que aprendem.
                As ordenanças do Templo incluem lavagens, unções, orações, ensinamentos por vídeo e som, apresentação de símbolos, representações, e batismos pelos mortos. Há o casamento para toda eternidade, realizado por alguém que possua autoridade e o selamento de pais e filhos – para serem unidos para sempre, mesmo após a morte. Há vários materiais que a Igreja publicou a respeito dos Templos que explicam mais detalhadamente sobre esses lugares divinos, que são diferentes das capelas, onde qualquer pessoa pode entrar.
                Algo importante sobre os Templos é o conteúdo simbólico que possui. As cerimônias, os desenhos, as roupas e as luzes são importantes símbolos no Templo.

                Os maçons se reúnem em lugares chamados “lojas”. São lugares de reunião da ordem, onde só são admitidos os próprios integrantes. Os maçons possuem muitos símbolos nem sua loja. A disposição das cadeiras, o altar, os três degraus, a rocha bruta e a rocha polida, o compasso, o esquadro e o grande “G”, são alguns símbolos bem documentados. Além disso, os maçons possuem sinais com as mãos que indicam o grau que pertencem.
                Para ser admitido na maçonaria não basta desejo próprio, é preciso ser convidado. Há então um ritual de iniciação, onde há uma representação sobre os quatro elementos (terra, agua, fogo e ar) - onde o "profano" aprende a reconhecer o caminho da "Luz"
                A maçonaria tem um caráter religioso, pois só admite pessoas que acreditam em Deus. Mas não discute religião, nem política – “as duas coisas que dividem os homens”, afirmou um maçon. Assim, não é incomum achar maçons das mais diversas religiões. Com exceção à Igreja Católica, que proíbe seus membros de fazerem parte da ordem – dês da Idade Média (embora a Igreja Católica tenha uma determinação expedita por um papa condenando a participação na Maçonaria, tal decreto é amplamente ignorado e grande parte do quadro de maçons do mundo são católicos). A maçonaria é mal interpretada por muitos eruditos de várias religiões exatamente por ter um caráter sigiloso, sendo acusada de bruxaria e satanismo.
                A origem dos maçons é controversa. Alguns defendem que a origem foi no antigo Egito, outros dizem que foi nos tempos de Salomão, e outros ainda que surgiu nos dias do iluminismo.
                Hoje existem mais de cinco milhões de maçons. Só são admitidos homens, mas há correntes de maçons que aceitam mulheres, embora essas lojas não sejam reconhecidas pela maçonaria tradicional. A sede maçônica é chamada de Grande Oriente, sendo a grande loja principal.
                Os maçons tradicionais envolvem-se em grandes causas de ajuda humanitária, bem como ajudam-se mutuamente. São bons cidadãos, cumpridores da lei, estudiosos e solícitos em socorrer.

                O breve esboço acima é suficiente para prosseguir e analisar a relação da Igreja com os maçons.

A Igreja é ligada a maçonaria?
                A Igreja, como organização, é independente e não é associada a outras instituições, clubes, organizações, partidos, etc. A igreja não tem rituais maçônicos. E não há incentivo ou impedimento em relação à maçonaria.

Um mórmon pode ser maçom?
                Se ele quiser sim. Assim como um evangélico, budista ou qualquer outro poderá sê-lo se aprovado pelos maçons (os católicos proíbem-se). Também se um membro da igreja quiser fazer parte de alguma organização de ajuda comunitária ou clube para realização profissional, social ou acadêmica poderá fazê-lo, dês de que tal comunidade não esteja em oposição aos princípios da Igreja. Não há incentivo ou proibição com relação aos maçons, dês de que não contrariem os princípios do Senhor. Evidentemente a Igreja e o lar ocupam tanto tempo e necessitam de tanta dedicação que às vezes é difícil conciliar maçonaria e religião. A escolha sábia é deixar a maçonaria - pois é o evangelho que leva a vida e a salvação.

Joseph Smith foi maçom?
                Sim! Assim como vários líderes da Igreja no século XIX. O livro "História da Igreja na Plenitude dos Tempos" explica: "Desde outubro de 1841, alguns maçons que eram membros da Igreja haviam recebido permissão de iniciar uma loja em Nauvoo. Joseph Smith considerou haver vantagens em pertencer a essa ordem. Provavelmente imaginou que outros maçons do estado e do país, muitos dos quais ocupavam cargos importantes, teriam mais consideração para com a Igreja. Joseph Smith e muitos moradores de Nauvoo foram formalmente iniciados na ordem, em março de 1842." (página 264). Foi construída uma loja maçônica em Nauvoo, e muitos membros foram iniciados na ordem. Entretanto, especialmente por causa do apóstata John C. Bennett, os maçons começaram a nutrir sentimentos "anti-mormons". Quando a Igreja partiu para o oeste - as relações entre a maçonaria se tornaram mais distantes.

Parte da Investidura contém rituais maçônicos?
                Não. Não é a investidura que provém da maçonaria, mas a maçonaria que provém da investidura. Assim como outros grupos, religiões e culturas - os maçons possuem parte da verdade. Hugh Nibley disse: "Teria Joseph Smith reinventado o templo, reunindo novamente todos os fragmentos — judeus, ortodoxos, MAÇONS, gnósticos, hindus, egípcios, etc.? Não, não foi assim que aconteceu. Pouquíssimos fragmentos estavam disponíveis em sua época, e o trabalho de reuni-los, como vimos, só começou na segunda metade do século XIX. Mesmo que estivessem disponíveis, aqueles míseros fragmentos não poderiam ser reunidos para formar um todo. Até hoje, os estudiosos que os coletam não sabem o que fazer com eles. Não é o templo que deriva deles, mas sim, o contrário. (...) O fato de que algo de tamanha plenitude, coerência, engenhosidade e perfeição tenha sido trazido à luz num único local e momento — da noite para o dia, por assim dizer — é uma prova muito adequada de uma dispensação especial.” 
(“What Is a Temple”, The Collected Works of Hugh Nibley: Volume 4 — Mormonism and Early Christianity, ed. Todd M. Compton e Stephen D. Ricks, 1987, pp. 366–367, 383.)
                Além disso, há uma grande diferença entre as ordenanças do Templo de os rituais da maçonaria. No templo, mulheres e homens participam em igualdade - a maçonaria é só para homens. No templo o ensinamento é sobre o Plano de Salvação, na maçonaria, sobre preceitos corretos mas de ordem terrena. No Templo falamos de Cristo, na maçonaria não. No templo temos o sacerdócio, na maçonaria não.

FONTE: http://lucasmormon.blogspot.com.br/2012/11/qual-relacao-dos-mormons-com-maconaria.html


sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

New York Times - Indígenas americanos aderem à Igreja Mórmon

 
TUBA CITY, Arizona - Linda Smith perdeu um filho, viciado em meta-anfetamina, quando ele se enforcou na cadeia. Seus outros filhos são alcoólatras, de um pai que, segundo ela, quase a matou certa noite, num acesso de fúria.

Isso fez com que ela saísse de casa e fosse para este canto da reserva navajo de Provo, em Utah, onde encontrou consolo da Igreja Mórmon.

A narrativa de Smith ecoa um tema cada vez mais comum nesta reserva, onde o desemprego é galopante, a violência doméstica é comum e o álcool costuma ser usado como antídoto contra mágoas e dificuldades.

Em meio a essa situação, um crescente número de navajos está aderindo à mormonismo.

O número de adeptos na Estaca Tuba City, unidade mórmon que abrange 240 km de terras navajas e hopis, aumentou 25% desde 2008. Em comparação, outras igrejas ao seu redor passam por dificuldades.

Para atrair seguidores, Larry Justice, homem branco que é o presidente da Estaca Tuba City, criou um programa de jardinagem para ensinar as pessoas a viverem da terra.

Ele e um punhado de voluntários ensinam técnicas de cultivo, distribuindo sementes em um terreno atrás da sede da igreja. O programa começou há quatro anos com 25 hortas, cada uma plantada por navajos ao lado das suas casas.

Hoje esse número cresceu para 1.800, segundo Justice. "Os avós deles sabiam lavrar", disse. "Seus pais esqueceram. Estamos trabalhando para garantir que os jovens aprendam."

A igreja Mórmon está se expandindo em um ritmo constante, primariamente em partes da Ásia e da América Latina, onde Justice diz ter planos para lançar seu programa de cultivo para povos nativos.

A igreja tinha 3 milhões de fiéis em 1971. Hoje são 15 milhões, segundo estatísticas da igreja.

Como contam os convertidos aqui da reserva, virar mórmon os aproximou dos valores navajos fundamentais, como caridade, camaradagem e respeito pela terra. Há uma sensação de "reconexão com as tradições", como explicou em idioma navajo, com auxílio de um intérprete, a mórmon Nora Kaibetoney -isso apesar de o mormonismo frequentemente obrigá-los a abandonar rituais tradicionais, como as cerimônias dos curandeiros e a limpeza em suadouros.

"Na cultura navaja, as coisas mais importantes que temos são a vida e a nossa família", disse Smith, 64, filha de um navajo que fazia comunicação militar em código e praticava um método tradicional de diagnósticos. Ela foi batizada como mórmon no colégio.

A conversão, disse ela, "não tinha a ver com rejeitar [a cultura navaja] e abraçar uma tradição inteiramente diferente; tinha a ver com se reconectar".

No Oeste dos EUA, para onde os mórmons migraram fugindo de uma perseguição no século 19, eles e os navajos trabalharam juntos na terra e também brigaram por ela.

O que diferenciou os mórmons de outros grupos missionários foi o papel que aqueles, em suas escrituras sagradas, atribuíram aos indígenas americanos como descendentes dos lamanitas -rebeldes incréus cuja conversão ajudaria os mórmons a construir o reino de Deus na terra.

A conexão é uma das maneiras pelas quais a igreja atrai pessoas como Wayne Smith, com quem Linda Smith se casou no ano passado na igreja.

Wayne, 52, está entre dezenas de milhares de indígenas americanos, a maioria navajos, que viveram na infância em um lar mórmon fora da sua reserva, como parte de um polêmico programa apresentado como uma maneira de propiciar uma boa educação às crianças -mas que as retirava de sua cultura nativa.

Ele conta que o programa melhorou sua autoestima. "Lá estava um grupo de pessoas de fora me dizendo que eu não era só alguém que era pobre", disse ele, "que eu tinha um grande patrimônio, que eu tenho potencial".

Justice e os missionários que viajam por estradas de terra nesta região estão trabalhando para difundir essa mensagem. "O negócio com a gente", disse Justice, referindo-se ao seu rebanho, "é que cuidamos uns dos outros".
 
 
FONTE: osmormons.com
 
 
 

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